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Noticiário de Rádio 3/12

Notícias do dia 3 de dezembro de 2019:

Daniel Rocha, Público

Greta Thunberg passa hoje por Lisboa, a caminho da Cimeira do Clima.

A jovem sueca vai ser recebida na Doca de Alcântara pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina. No local estão também jovens da greve climática estudantil e o presidente da Comissão Parlamentar do Ambiente. José Maria Cardoso diz que a ativista “dificilmente” vai ao Parlamento, dada a curta estadia em Portugal. No entanto, ainda "não há informação oficial de uma visita de Greta à Assembleia da República". Marcelo Rebelo de Sousa já afirmou que não se vai encontrar com a ativista , para evitar "aproveitamento político".


No final do dia, Greta Thunberg parte para Madrid, onde está a decorrer a Cimeira do Clima. Sob o lema “é tempo de atuar”, a conferência das Nações Unidas reúne desde ontem 50 líderes mundiais e prolonga-se até dia 13 de dezembro.

António Costa, a representar Portugal, falou das marcas das alterações do clima no país, alertando para a urgência de atuar. Contudo, o primeiro-ministro reforça os avanços de Portugal nas energias renováveis.

 

Bloco de Esquerda quer reforma aos 55 anos sem penalizações para pessoas com deficiência.


A medida foi apresentada hoje, no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, por José Manuel Pureza, que justifica a proposta com a necessidade de uma discriminação positiva para os casos de deficiência. O deputado do Bloco chama ainda a atenção para o caso de Espanha, onde existe o regime de discriminação positiva no mercado de trabalho. A proposta do Bloco de Esquerda pretende favorecer os trabalhadores com deficiência através da reforma aos 55 anos.

 

Os alunos portugueses pioraram na leitura, ciências e matemática, segundo o PISA 2018.


Segundo os dados do relatório PISA 2018, Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o desempenho dos estudantes baixou nos últimos 3 anos. O relatório divulgado hoje avalia a literacia dos alunos de 15 anos nas áreas de leitura, ciências e matemática. Ainda assim, os resultados portugueses estão acima da média da OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.


O estudo internacional, elaborado de 3 em 3 anos, apurou ainda que as raparigas dominam a leitura e as ciências, e os rapazes destacam-se na matemática e na informática. O relatório PISA 2018 revela também que as dificuldades económicas continuam a ter efeitos negativos nos resultados escolares.

 

Na retrospetiva das eleições legislativas de 6 de outubro, destaca-se o número de portugueses que não votou. O estudo Portugal Talks analisa a abstenção.


Conhecer a abstenção é o objetivo de um estudo enviado à Assembleia da República por investigadores do Portugal Talks, uma conferência orientada a problemas nacionais.

Segundo o estudo, um fator de peso na abstenção é a idade dos eleitores. Verificou-se que a maior tendência para não votar está nos jovens e jovens adultos, um fenómeno que aumentou ao longo dos anos, com a própria abstenção.


Ao longo dos 40 anos de democracia, a percentagem de pessoas que não vota aumentou de forma gradual em cada eleição. Nas primeiras eleições de 1975, Portugal votou em massa, com a abstenção a marcar o mínimo de 8,5%. Já nas legislativas de outubro, a abstenção atingiu o máximo de 51,4%, isto é, mais de metade dos eleitores portugueses não votou.


Os números não são novidade, mas o estudo adianta as motivações. O descrédito nos partidos e o desinteresse geral pela política são duas grandes razões para os valores altos da abstenção.

 

Segundo o estudo Portugal Talks, os jovens são então uma fatia considerável daqueles que optam por não optar. No caminho da aproximação dos jovens à política, as juventudes partidárias são um atalho.


No entanto, há entraves a esta aproximação. Manuel da Cruz, da Juventude Socialista, diz que não é fácil chegar às escolas e universidades e acrescenta ainda que há um sentimento anti-partidário geral. Já Rosina Pereira, presidente da Juventude Social Democrata do Porto, diz que é através da ida ao local que se percebem quais são os verdadeiros problemas dos jovens.


Mas mais do que falar de problemas, os dois concordam que são necessárias soluções. Manuel da Cruz aponta a discussão como primeiro ponto e, depois disto, reforça a importância das assembleias de freguesia. Rosina Pereira acredita que uma das soluções passa pela reformulação da disciplina de Formação Cívica.


A presidente da JSD do Porto reforça a importância do envolvimento na política.

Por muitas as diferenças que os separem, a abstenção jovem é um problema que têm em comum. Esperam ambos que a tendência venha a mudar para que a democracia seja feita em pleno.

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